terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Protesto não impede aprovação de projeto que aumento tarifa de coletivo em Tucuruí


Com aprovação, município terá a passagem mais cara do Pará e uma das mais caras do Brasil

Protesto não impediu votação (Foto Die Kleine)
Muita confusão na sessão ordinária da Câmara Municipal de Tucuruí na manhã de hoje. Com a convocação da votação do aumento da passagem de ônibus coletivo de R$ 2,00 para R$ 2,25, o plenário ficou pequeno para tanto protesto.
Estudantes e lideranças das comunidades do município foram à sessão para tentar impedir a votação. Apenas os vereadores Tom e Jones Willian (PT) votaram contra o reajuste da tarifa que foi aprovada e já começa a valer no início de 2012.

Ontem, a presidência da casa já havia cancelado a sessão extraordinária porque havia a possibilidade de protestos.
A polícia militar foi acionada para retirar os estudantes do prédio da Câmara e resguardar a integridade dos vereadores.
O projeto de aumento de tarifa do coletivo foi enviado pelo prefeito à Câmara Municipal mesmo a contra gosto dos movimentos sociais, principalmente o estudantil e de bairros, que estão mobilizados para barrar o aumento. O projeto agora vai para as mãos do prefeito Sancler Ferreira que pode ainda vetar o reajuste.
Em junho deste ano, os vereadores já haviam aprovado na “surdina” o aumento da tarifa para o início do ano que vem. Os parlamentares aprovaram dois aumentos em um – R$ 2,00, que é atualmente praticado, e R$ 2,25 a ser praticado depois de cinco meses.
Na época, estudantes fecharam a entrada da cidade na BR 422 em protesto contra a aplicação da nova tarifa do transporte coletivo.
Conforme Marcos Rogério, Presidente da União dos Estudantes de Tucuruí (Unest) e integrante do Grêmio Estudantil do Instituto Federal do Pará – IFPA, o maior prejudicado com este aumento será os estudantes que dependem do transporte público.
Hoje, um aluno que estuda na Vila Permanente, 13 quilômetros do núcleo da cidade de Tucuruí, tem um custo de cerca de R$ 60,00. “Esse valor não é fixo porque têm alunos que precisam viajar até seis vezes no dia”, explica o estudante.
Outra questão trata dos trabalhadores. Para um trabalhador que mora na cidade poder trabalhar na Vila ele terá de desembolsar por mês R$ 104,00. Com o reajuste, esse gasto com passagem subirá para R$ 117,00, um aumento de R$ 13,00. “Isso parece pouco, mas é um custo alto para quem ganha um salário mínimo”, explica o estudante.
Conforme Rogério, o aumento da tarifa é um absurdo porque hoje Tucuruí já pratica uma das passagens mais caras do Estado. “A linha não se estende nem um quinto do que é na capital, por exemplo, onde a passagem é equivalente’, observa.
Denis Aragão

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