segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Esporte cria sindicância para investigar acusações de PM



Foto: José Cruz/ABr
Esporte cria sindicância para investigar acusações de PM
Segundo nota ministerial ordem para iniciar a investigação interna partiu do próprio ministro Orlando Silva
    O Ministério do Esporte afirmou ter criado nesta segunda-feira uma comissão de sindicância para investigar suspeitas de irregularidades em convênios da pasta. Segundo nota do ministério, a ordem para iniciar a investigação interna partiu do próprio ministro Orlando Silva e está baseada em reportagem de uma revista semanal sobre o envolvimento de servidores do ministério em irregularidades administrativas.

    Orlando Silva foi apontado como suspeito de participação num esquema de desvio de recursos do programa Segundo Tempo, que dá verba a ONGs para incentivar jovens a praticar esportes. A acusação foi feita a uma revista pelo policial militar João Dias Ferreira. Na semana passada, o soldado e seu motorista disseram à revista que o ministro recebeu parte do dinheiro desviado pessoalmente na garagem do ministério.
    Ferreira, que foi à Polícia Federal nesta segunda-feira (24) para prestar depoimento, disse ter entregue áudios de uma reunião que fez com funcionários da pasta para tentar resolver a prestação de contas de um de seus convênios. Na semana passada, Ferreira depôs por mais de oito horas na PF. Segundo o policial, seu motorista, Célio Soares Pereira, vai se apresentar esta semana para também prestar depoimento.

    Segundo o ministro, as acusações podem ser uma reação ao pedido que fez para que o TCU (Tribunal de Contas da União) investigue os convênios do ministério com a ONG que pertence ao autor das denúncias. Em nota, o Ministério do Esporte disse que Ferreira firmou dois convênios com a pasta, em 2005 e 2006, que não foram executados. O ministério pede a devolução de R$ 3,16 milhões dos convênios. De acordo com o ministro, desde que o TCU foi acionado, integrantes de sua equipe no ministério vêm recebendo ameaças.
    Por Folhapress

    Nenhum comentário:

    Postar um comentário