terça-feira, 25 de outubro de 2011

Oposição impede ministro Orlando de ‘virar a página’

O ministro Orlando Silva (Esporte) voltou à Câmara nesta terça (25). Falou aos deputados numa audiência pública. O tema era a Lei Geral da Copa.
Na visão do ministro, era uma oportunidade para virar a página dos escândalos. Previamente ensaiada, a oposição cuidou de conspurcar a intenção.

A contragosto, Orlando Silva foi submetido ao constrangimento de ouvir calado às provocações dos líderes oposicionistas.

Coube ao líder do DEM, ACM Neto (BA), pronunciar os agravos mais azedos (veja no vídeo). Classificou a presença do ministro como “afronta ao povo brasileiro”.

Duarte Nogueira (SP), líder do PSDB, levou ao microfone a penúltima revelação do caso de desvios que acomoda Orlando numa cena de normalidade anormal.

Referiu-se à notícia de que o ministro autorizou, de próprio punho, a concessão de benefício a uma ONG de João Dias, o ‘bandido’ que se converteu em delator.

"Com sua própria assinatura, o ministro reduziu as contrapartidas para a assinautura de um segundo convênio com a ONG de João Dias", disse Duarte.

Líder do PPS, Rubens Bueno (MG), acusou o bloco governista de “blindar” Orlando. E anunciou: Anunciou: "Vou me retirar dessa palhaçada."

Em verdade, a blindagem provida a Orlando em depoimento da semana passada não se repetiu nesta terça.

Líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), passou pela comissão. Mas não foi ao microfone. Limitou-se a cumprimentar o ministro.

Uma das poucas vozes a soar em defesa do titular do Esporte foi a do líder petista Paulo Teixeira, que reiterou a “confiança” do PT em Orlando.

No mais, o ministro autoblindou-se, lançando mão do recurso que lhe restava: o silêncio.

Sob a alegação de que fora à Câmara para debater a Copa, Orlando Silva se absteve de responder às provocações. Virou a página. Para trás.

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